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domingo, 15 de maio de 2011

AMEBÍASE INTESTINAL

Descrição: É uma infecção por parasita ou protozoário que acomete o homem podendo ficar restrita ao intestino. Mais freqüentemente o órgão preferencial a ser comprometido é o fígado. O agente causal é a Entamoeba hystolitica. Recentemente identificou-se um parasita com a mesma forma da Entamoeba hystolitica que não causa doença (Entamoeba dispar). Isto é importante porque o achado da ameba nas fezes de um indivíduo não necessariamente caracteriza amebíase, mas é sempre importante procurar um médico, pois a diferenciação de uma para a outra é feita por exames. Pode-se adquirir a doença através da ingestão de alimentos ou água contaminada com matéria fecal contaminada com os cistos da Entamoeba. Nos homossexuais, femininos e masculinos, o contágio se dá através do contato oro-anal. Pode-se também adquiri-la de outras formas, mas são bem menos freqüentes e estão restritas praticamente a pessoas com a imunidade comprometida.

Sintomas e sinais: Os sintomas das pessoas com amebíase vão desde a diarréia com cólicas e aumento dos sons intestinais até a diarréia mais intensa com perda de sangue nas fezes, febre e emagrecimento. Nestes casos ocorre invasão da parede do intestino grosso com inflamação mais intensa e os médicos chamam de colite. Podem ocorrer ulcerações no revestimento interno do intestino grosso, por esta razão o sangramento. Não muito comumente o protozoário pode penetrar na circulação e formar abscessos (coleções fechadas no interior de algum órgão ou estrutura do corpo) no fígado que causam dor e febre com calafrios. Estes abscessos podem romper-se para o interior do abdômen ou mesmo do tórax comprometendo as pleuras (camada que reveste os pulmões) ou o pericárdio (camada que reveste o coração). Também raramente podem formar-se tumorações no intestino que se denominam “amebomas”.

Incidência: Este parasita infecta aproximadamente 1% da população mundial, principalmente a população pobre de países em desenvolvimento.

Prevenção: Como na maioria das parasitoses intestinais as medidas de saneamento básico como tratamento da água e esgotos são decisivas na prevenção desta doença. Os alimentos mais freqüentemente contaminados são os vegetais cultivados junto ao solo. A higiene destes alimentos crus deve ser rigorosa com detergentes potentes seguido de imersão em solução de vinagre ou ácido acético por 10 a 15 minutos. A água somente após ser fervida fica totalmente livre destes protozoários. Os hábitos gerais de higiene como lavar as mãos após o uso do sanitário são medidas de educação que com certeza contribuem na prevenção. A fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos pela vigilância sanitária é de suma importância.

Diagnóstico e tratamento: A droga mais utilizada pelos médicos para tratar a doença é um antimicrobiano com nome de metronidazol, mas existem outros com uso recomendado para circunstâncias específicas. O tempo de tratamento pode variar conforme o comprometimento da pessoa. Ás vezes, quando houver a formação de abscessos hepáticos pode ser necessário aspirá-los com agulha para diagnóstico ou tratamento, muito raramente estes casos irão à cirurgia.
O tratamento adequado destes pacientes ajuda a eliminar fontes de propagação da doença, principalmente na zona rural onde a água tratada não é sempre disponível. Recentemente a possibilidade de vacina para um futuro não muito distante mostrou-se viável.



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